Todos sonhamos com o momento em que respiraremos com os pulmões cheios e sentiremos uma calma interior inabalável. Mas na vida real muitas vezes caímos na rotina de trabalho, nas expectativas dos outros e nos desejos não realizados.
Se soubéssemos nos ouvir, descobriríamos que com três elementos-chave – alegria, fé e amor – podemos encontrar equilíbrio e curar feridas.
Comer: alimento para alma e corpo
Quando pensamos em comida, não se trata apenas de calorias e receitas, mas de momentos de prazer. Pense nessa sensação quando você morde pela primeira vez algo que o leva para outro mundo - um bolinho recém-assado, uma fruta de verão ou um café perfumado pela manhã. A comida é uma das maneiras mais simples de nos conectarmos conosco mesmos e com o momento “aqui e agora”.
Mas quantos de nós estamos presos à ideia de uma dieta “correta”? Vamos nos permitir um pouco de culpa por um pedaço de bolo que “não deveríamos comer”. Há uma lição aqui: se comemos com amor próprio, sem sentimento de vergonha, isso se torna um símbolo de carinho e liberdade. Pense nisso: quando foi a última vez que você se sentou, desligou o telefone e saboreou uma refeição com todos os sentidos?
Regra para todos os dias: trate cada refeição como um ritual. Permita-se pequenos momentos hedonistas sem culpa.
Ore: fé além da religião
As orações não estão necessariamente relacionadas a cerimônias religiosas. Trata-se de estabelecer um diálogo interno, de encontrar sentido no silêncio. Os psicólogos muitas vezes enfatizam a importância da atenção plena – momentos em que paramos e sentimos presença conscientemente. A oração pode ser qualquer forma de meditação, afirmação ou conversa interna que conecte você a uma parte mais profunda de sua personalidade.
Por que isso é importante? Porque vivemos num mundo de ruído - as notificações no telefone, as obrigações constantes e o fluxo de informações muitas vezes nos sobrecarregam. Através da oração, da meditação ou de um simples ritual de respiração, você pode se conectar a algo maior do que suas preocupações diárias.
Tentar: feche os olhos, respire fundo e pergunte-se: "O que eu preciso agora?" Esse simples momento de introspecção pode te aproximar da resposta que você já carrega dentro de você.
Amor: amar os outros começa com amar a si mesmo
Muitas pessoas interpretam mal o amor como algo que vem do mundo exterior. “Quando encontrar minha alma gêmea, serei feliz”, dizemos a nós mesmos. Mas e se essa alma gêmea já existir – refletida no espelho todas as manhãs? O amor próprio é a forma de amor mais sincera e duradoura.
Amor próprio não significa narcisismo ou egoísmo, mas sim a capacidade de estabelecer limites, dizer “não” sem se sentir culpado e aceitar suas imperfeições. Quando aprendemos a amar a nós mesmos, paramos de procurar validação em outro lugar. O autocuidado, o tempo para você e o diálogo interno saudável são componentes-chave desse amor.
Mini desafio: diga a si mesmo três coisas que você aprecia em você todos os dias. Não espere elogios dos outros – você é o seu maior público.
Por que a jornada até você mesmo é a jornada mais importante?
Porque nos ensina que podemos nos recompor mesmo quando parece que desmoronamos. Prazer, fé e amor não são luxos – são necessidades humanas básicas que nos conectam a quem somos em nossa essência.
No final, a questão chave é: quando foi a última vez que você comeu, rezou e amou – para si mesmo?