"Não importa quanto tempo vivemos com limitações. Se entrarmos em um quarto escuro e acendermos a luz, não importa se o quarto ficou escuro por um dia, uma semana ou dez mil anos - acendemos a luz e ela está iluminada. Quando percebemos nossa capacidade de amor e felicidade, a luz está acesa." -Sharon Salzberg
Olho para o céu estrelado que fala mais alto que mil palavras. Eu me sinto tão leve e calmo. Sorrio sonolenta para o universo, sabendo que ele pode sentir que estou feliz. Ele sabe que eu larguei coisas que me sufocavam.
Aprendi a perder, perder tudo que nunca precisei.
Eu perdi pessoas. Perdi amigos desonestos. Perdi amantes tóxicos. Perdi meu amor pelas pessoas erradas que me custaram mais do que eu estava disposto a dar.
Eu simplesmente não me dava bem com alguns deles. Outros apenas me trouxeram a percepção de que sou muito vulnerável, que eles não são bons para mim porque me trouxeram mais dor do que amor. Com essas percepções, veio um senso saudável de autossuficiência, que eu aceitava e nutria cada vez mais a cada perda.
Aprendi que tenho que ser minha própria prioridade, independentemente de ser a prioridade dos outros.
Perdi a crença de que não era digno. Perdi parte da minha consciência. A parte que sempre foi muito consciente de todas as coisas que ela nunca poderia controlar ou mudar. Perdi a sensação de desconforto.
Perdi as vozes na minha cabeça que não calavam quando eu precisava de silêncio. Perdi a sensação de ser julgada. Perdi meu senso de orgulho e ego inabaláveis.
Perdi a fé na perfeição. Não acredito mais que a perfeição existe. Perdi meu desejo inabalável de perfeição e perfeição. Não penso mais que a melhor vida é a vida perfeita. E no desaparecimento da perfeição encontrei a beleza.
Perdi meus preconceitos. Deixei-me questionar tudo em que sempre acreditei, como se não fosse verdade. Aprendi tudo o que um dia pensei ter aprendido. Sem preconceito.
Perdi meus sentimentos. Perdi minha esperança ilógica. Perdi a vontade de apostar em algo só porque os outros queriam. Perdi o conceito de arrependimento. Perdi minha raiva, ressentimento. Perdi qualquer sentimento que fosse errado ou mal direcionado.
Perdi alguns sonhos. Percebi que tudo que sonhei não valia meus sonhos. Meus objetivos e missão mudaram, passando de um fardo para um prazer. Tudo porque me permiti ser aberto, perceber que nem todos os meus sonhos são realmente meus.
Perdi a eterna necessidade de sempre ter mais e ser mais. Aprendi a amar quem sou e o que tenho.
Perdi minhas chances. Perdi a oportunidade de morar em outro lugar. Perdi minha chance de me divorciar. Perdi uma oportunidade de ter sucesso em um campo que não preenchia meu coração. Perdi todas essas oportunidades porque as deixei passar. Se eu tivesse aproveitado, não teria tido as oportunidades que tenho agora. Perder essas opções só me deu novas opções. Aprendi que nem todas as oportunidades que surgem em meu caminho devem ser aproveitadas.
Perdi a necessidade de tudo estar pré-arranjado. A vida é espontânea, mas confiarei constantemente que meu modo de vida será sempre o mais construtivo e o menos prejudicial.
Me perdi para me reencontrar. Perdi as coisas que tinha a perder e percebi que a perda não é uma coisa impiedosa e nem a mudança. Perdi tudo o que precisava para recomeçar.
Eu me dei uma oportunidade real e pura de me renovar da maneira mais autêntica e pura - para realmente me tornar meu verdadeiro eu. Eu me permiti perder tudo, com amor e gratidão.
Eu sugiro que você perca. Perca tudo que te limita ou te coloca em uma posição limitada. Perca tudo o que você nunca sentiu que fazia parte de você. Perca toda a pele que não seja sua. Perca tudo o que te limita para se dar uma chance e virar uma nova página na vida. Perca peso, pressão e suscetibilidade. Perca tudo porque essa é a única maneira que você pode realmente encontrar - você mesmo!