Em algum momento você simplesmente sabe. Algo está errado. Mas você se apega a uma lembrança, uma ideia, um sentimento que um dia significou tudo.
Quando o coração não quer ouvir o que a alma já sabe
Há momentos em que tudo dentro de você grita que algo está errado, e mesmo assim você permanece. Você sente o peso, o silêncio, o vazio interior... mas ainda está esperando.
Por que? Porque você um dia acreditou que fazia sentido. Porque você desejou que fosse diferente. Porque você criou foto, que era lindo demais para ser esquecido.
Mas é aí que está a armadilha: você está se apegando a algo que não é mais real. Talvez nunca tenha sido. E mesmo sabendo disso lá no fundo, você tem medo de deixar para lá. Você tem medo do vazio que permaneceria. Mas nesse vazio existe um lugar para algo melhor.
O poder da ilusão
Às vezes você se apega mais à esperança do que à verdade. Esperanças de que algo mude. Esperando que seu amor, esforço e paciência sejam suficientes. Mas há coisas que você não consegue consertar sozinho.
A ilusão pode ser doce. Uma sensação de aconchego, um conforto familiar e doloroso. É mais fácil permanecer no que você conhece do que arriscar o desconhecido. Mas pense em quanto de si mesmo você perde quando persiste naquilo que lhe sufoca? Quantas vezes você silenciou sua intuição para poder ouvir uma ilusão?
Medo da perda ou medo do crescimento?
A verdadeira razão pela qual você se apega muitas vezes não é o amor, mas temer. Medo de ficar sozinho. Que você perdeu a oportunidade. Que você terá que recomeçar. Mas ao permanecer na história errada, você está fechando a porta para a história certa. Uma que não vai forçar você a se adaptar, a se perder.
Às vezes não é que algo não seja para você, é que você é crescer fora disto. E isso não é uma derrota – é a prova de que você está evoluindo.
A calmaria depois da tempestade é a liberdade.
Quando você finalmente deixa de lado as coisas, as pessoas, que estão te sufocando, o silêncio vem. Não aquela que fere, mas aquela que cura. Isso não significa que você não se importou. Isso significa que você escolheu a si mesmo. Que você é Pare de abrigar a esperança que estava te drenando. Nesse silêncio, você se ouve pela primeira vez. Nenhuma voz do passado, nenhuma culpa, nenhuma luta.
Você começa a voltar a si mesmo. Para as perguntas que você vem deixando de lado há muito tempo. À sensação de que você é mais do que um compromisso. E então você percebe que não perdeu nada que realmente lhe pertence.
O medo te prende mais que o amor
O que une você não é um vínculo, mas uma corrente. Não uma emoção, mas medo do espaço vazio. Mas esse espaço é necessário. Somente nela pode surgir algo novo. Algo que não irá sufocar você silenciosamente. O que não exigirá que você duvide de si mesmo todos os dias.
Aceitar que algo não é seu, mesmo que você o queira de todo o coração, é uma das coisas mais difíceis de fazer. Mas também uma das mais libertadoras. Quando você diz “chega”, não termine a história – abra espaço para um novo capítulo.
Pare de lutar por pedaços de atenção, por migalhas de emoção, por palavras que sempre chegam tarde demais. Você está inteiro. Você é suficiente. E sua paz não é algo que deva ser questionado.
No final, você fica
Quando tudo se acalma, você fica. Com sua vulnerabilidade. Com seu poder. Com sua determinação de não mais se permitir menos do que você merece. Você se agarrou porque acreditou. Agora acredite em você mesmo, em você mesmo. Não espere mais. Não há mais provas. Apenas o caminho a seguir.