fbpx

A China ultrapassa os EUA na corrida pela fusão nuclear – o futuro da energia limpa está mais próximo do que pensamos

Com as suas start-ups, a China já está a testar tecnologia avançada de fusão que poderá mudar o mundo.

jedrsko fuzijo
Foto: elementos envato

Imagine que podemos obter uma quantidade quase infinita de energia limpa a partir de uma quantidade muito pequena de combustível, sem emissões nocivas e resíduos radioactivos. Parece ficção científica, certo? Bem, é exatamente isso que a fusão nuclear promete. Enquanto os EUA investigam esta tecnologia há décadas, a China avança a uma velocidade vertiginosa, construindo dispositivos que poderão ser a chave para um futuro energético limpo.

Antes de mais nada, vamos esclarecer: afinal, o que é fusão nuclear? Este é o processo que ocorre no centro do sol. A temperaturas extremamente elevadas (estamos a falar de vários milhões de graus!) os núcleos dos átomos combinam-se e libertam uma enorme quantidade de energia. Se pudéssemos controlar este processo na Terra, poderíamos criar uma fonte quase ilimitada de energia limpa.

Ele se apresenta aqui tokamak. É um dispositivo que se parece com uma estrutura gigante de donut (no jargão científico é chamado de toro) e dentro dele ocorre a fusão. Em um tokamak, o gás é aquecido até ficar extremamente quente – tão quente que se transforma em “plasma”, uma substância onde os átomos começam a perder seus elétrons. Os ímãs mantêm esse plasma no lugar para evitar que ele toque nas paredes do dispositivo.

Os EUA são pioneiros no domínio da investigação em fusão nuclear e, nos últimos anos, a China tem registado progressos extremamente rápidos. Singularidade Energética, uma start-up chinesa com sede em Xangai, desenvolveu um tokamak que utiliza ímãs supercondutores avançados. Isso permite que o dispositivo seja menor e mais eficiente do que os modelos mais antigos. Enquanto os EUA ainda trabalham com dispositivos com mais de 30 anos, a China já está a desenvolver novos tokamaks que serão capazes de produzir mais energia do que aquela que utilizam para funcionar.

A fusão nuclear promete soluções para os nossos problemas energéticos. Não requer combustíveis fósseis, não produz emissões prejudiciais e, o mais importante, não produz resíduos radioactivos perigosos. No entanto, a tecnologia ainda é muito complexa e cara. A China investe milhares de milhões de dólares no desenvolvimento destes dispositivos, enquanto os EUA dependem principalmente do investimento privado. Enquanto os EUA lutam para atualizar os seus dispositivos obsoletos, a China constrói tokamaks novos, mais rápidos e mais poderosos.

O mundo está numa corrida pela fusão nuclear e a China está cada vez mais perto do objectivo. Embora os EUA ainda liderem no número total de pesquisas, a China está se tornando líder neste campo com sua velocidade e enormes investimentos. Quem será o primeiro a construir uma usina de fusão? Por enquanto, parece que o futuro da energia limpa pode estar brilhando na China.

Com você desde 2004

A partir do ano 2004 pesquisamos tendências urbanas e informamos diariamente nossa comunidade de seguidores sobre as últimas novidades em estilo de vida, viagens, estilo e produtos que inspiram com paixão. A partir de 2023, oferecemos conteúdo nos principais idiomas globais.