A China lançou a usina de energia voadora do futuro no deserto de Hami, em Xinjiang – a S1500, a maior e mais potente turbina eólica do mundo, que paira bem acima do solo. Após meses de preparação, o pássaro de aço flutuante completou com sucesso seu voo inaugural, inaugurando um novo capítulo no desenvolvimento de fontes de energia renováveis. Eis uma turbina eólica no céu.
Uma turbina eólica no céu – o S1500 não é um dispositivo modesto – com 60 metros de comprimento, 40 metros de largura e 40 metros de altura, assemelha-se a um pequeno avião que decidiu transportar 12 turbinas eólicas em vez de passageiros. Cada uma delas tem uma potência de 100 kW e, juntas, formam um sistema com potência nominal de 1,2 MW. A energia desce elegantemente em direção ao solo por meio de um cabo – como se a turbina tivesse seu próprio cordão umbilical elétrico.
O objetivo é claro: aproveitar os ventos estáveis e mais fortes em altitudes mais elevadas, onde os moinhos de vento convencionais, mesmo com suas pás estendidas, não conseguem alcançar. Em teoria, isso significaria uma geração de eletricidade mais barata e eficiente, sem a necessidade de torres enormes que estragam o horizonte (pelo menos para aqueles que não estão próximos da beleza do design industrial).
A turbina aerotransportada comercial flutuante em escala de megawatts, projetada internamente pela China, a S1500, concluiu com sucesso seu voo inaugural em Hami, noroeste da China, após passar por testes que incluem montagem completa no deserto e implantação e recuperação contínuas em ventos fortes.
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— Diário do Povo, China (@PDChina) 23 de setembro de 2025
Primeiro teste em vento implacável – turbina eólica no céu
O teste no deserto envolveu a montagem completa do dispositivo, seu abaixamento e elevação em condições de vento desafiadoras e testes de durabilidade. A equipe ainda não divulgou números exatos sobre a eletricidade produzida, mas um teste bem-sucedido por si só significa que o conceito funciona.
O S1500 é o mais novo membro de uma família que começou com os modelos menores S500 e S1000. O projeto está sendo desenvolvido pela Beijing SAWES Energy Technology, pela Universidade Tsinghua e pela Academia Chinesa de Ciências. A ambição deles? Uma turbina que possa operar continuamente por 25 anos. Se a previsão se concretizar, este "transformador voador" também será capaz de abastecer áreas remotas e fornecer eletricidade rapidamente em caso de desastres naturais – onde a infraestrutura costuma ser a primeira vítima.
Energia do futuro ou apenas um espetáculo?
Embora pareça algo saído de um filme de ficção científica — uma caixa gigante de aço flutuando no ar, enviando megawatts de energia em direção ao solo —, a tecnologia é mais do que séria. Se testes futuros se mostrarem confiáveis e econômicos, a China poderá abrir um mercado totalmente novo para energia eólica com este projeto.
Claro, a questão permanece: como os moradores locais aceitarão o fato de um "refrigerador" voador de 60 metros estar pairando sobre suas cabeças? Por enquanto, tudo o que está claro é que o vento ainda é gratuito, e a China aparentemente tem planos sérios para começar a capturá-lo de alturas onde os moinhos de vento convencionais não conseguem.
