A Lexus, mestra japonesa do luxo discreto que sempre soube equilibrar tradição com um toque de ousadia, agora se aventura nas águas turbulentas de uma crise de identidade. Mas, se é uma crise, que dure — pelo menos o suficiente para termos novidades futuristas como este "cupê" de quatro portas com o coração de um nômade elétrico.
Adeus, clássico Lexus LS, aquele aristocrata tranquilo das estradas que nos conduziu através das décadas com uma elegância digna de uma espada de samurai. Em vez de lágrimas, temos uma revolução: a novíssima família LS, que mistura minivans de seis rodas com este SUV sedutor que ousa ostentar a coroa dos cupês. Em um mundo onde as montadoras estão colando cupês em tudo, de vans a bicicletas, por que não Lexus Vai arriscar? O conceito Lexus LS Coupé pega emprestado as linhas elegantes de seu excêntrico irmão minivan, mas as envolve em uma silhueta que lembra uma escultura de vento — mais agradável aos olhos e menos como uma nave espacial em férias.
Tudo aponta para um coração puramente elétrico – o Lexus LS Coupé, sem ruído ou escapamento, como confirmam o assoalho plano e a ausência de qualquer vestígio de combustíveis fósseis. O teto panorâmico de vidro transporta você para uma sensação de infinito, enquanto a abundância de saídas de ar faz você se sentir em um paraíso climatizado – ou como se o carro estivesse simplesmente respirando para refrescá-lo após um dia quente. E aquelas pequenas ventoinhas na traseira que compartilham a terceira luz de freio? É como se o carro estivesse dizendo: “Eu não sou apenas rápido, eu sou estiloso – literalmente.”
Portas de entrada estilo Hollywood e um baú que dança sozinho
As portas traseiras do Lexus LS Coupé abrem para trás, no estilo das "portas suicidas", como as do Ferrari Purosangue – afinal, por que entrar discretamente quando se pode dar um show? Mas o verdadeiro espetáculo começa na traseira: em vez de um porta-malas convencional, você encontra uma placa deslizante que se abaixa e um tapete de carga que se estende como uma língua robótica. Perfeito para carregar malas de grife sem sujar as luvas. Claro, talvez você precise se abaixar um pouco para cargas mais altas, mas, no mundo dos carros-conceito, é só uma oportunidade para praticar ioga. Lógica? Ele está de folga enquanto apreciamos essa poesia tecnológica.
Interior: Como um cockpit dos sonhos, com um toque de bambu.
Ao entrar no Lexus LS Coupé, você se sente em um templo digital: um painel de dois níveis com telas gigantes, onde motorista e passageiro compartilham a visão como um casal em um jantar romântico assistindo à Netflix. Na parte de trás? Tronos individuais com mega telas verticais nos encostos dos bancos dianteiros – ideais para quem quer viajar em seu próprio cinema particular. Detalhes em bambu adicionam um toque zen, e o banco do motorista azul grita "Eu mando", enquanto os bancos creme do passageiro sussurram "relaxe". Não há volante – ele é substituído por um manche, como em um avião ou em algum carro dos sonhos da Tesla, mas a Lexus o refinou com charme natural. Botões? Quase extintos, exceto pelos dos vidros elétricos, que aparentemente estão escondidos no canto do banco do passageiro – uma ironia na era das telas, onde ainda precisamos do analógico para respirar ar fresco.
Marketing Symphony: Um carro que combina opostos
A Lexus descreve-o como “a resposta ao desejo pelo melhor de todos os mundos” – um equilíbrio de contradições onde a diversão é igual para o condutor e para os passageiros. O que é basicamente uma forma diplomática de dizer: “Já não sabemos o que é um LS, mas isto é incrível.” De um sedan a um SUV com genes de minivan – poesia de marketing que nos lembra que, no mundo automóvel, tudo é possível, basta ter confiança suficiente.
Conclusão: Será que a família LS se tornará uma nova lenda?
Ainda não está claro se este conceito chegará às ruas, mas parece que a Lexus está construindo um verdadeiro império LS com diferentes versões. Só nos resta esperar que não se esqueçam do sedã original de 1989, o ícone que deu início a tudo. Este LS Coupé Concept é como uma fusão gastronômica: um SUV com a alma de um cupê, um coração elétrico e um toque de ousadia – soa estranho, mas o sabor é inesquecível. Numa era em que os carros estão se tornando cada vez mais parecidos com smartphones sobre rodas, é justamente essa audácia que nos empolga!
