A terceira temporada de The White Lotus 3, ambientada na Tailândia, prometia espiritualidade, revelações e luxo exoticamente tenso. No final, tivemos uma meditação cansada sobre a morte, diálogos vazios e um elenco que não conseguiu se firmar até o final. Quando os jogadores finalmente se aqueceram um pouco, já tínhamos perdido o interesse.
Se parecesse que O Lótus Branco Depois de uma primeira temporada explosiva e uma segunda emocionalmente ousada, The White Lotus 3 encontrou seu lugar entre as séries mais ambiciosas da televisão moderna, e é aquele momento de reflexão depois de um jantar com tudo incluído, quando você percebe que comeu demais e que a sobremesa não vale as calorias.
The White Lotus 3: A temporada mais fraca até agora? Absolutamente.
Mike Branco, autor e diretor, dessa vez arregaçou as mangas e nos levou para tailândia – um destino perfeito para transformação espiritual e encontro cultural. Mas o que tivemos foi uma temporada prolongada e com conteúdo fragmentado, onde temas como morte, fé, culpa e iluminação surgiram na superfície, mas nunca foram verdadeiramente explorados.
Que a temporada tenha sido difícil não é nenhuma surpresa – White frequentemente joga com desconforto. Mas o problema não é o título, é que as histórias nunca se conectam de fato em um todo significativo. Cada personagem estava preso em sua própria bolha, e não de uma forma que aprofundasse a compreensão, mas de uma forma que nos distanciasse de qualquer coisa realmente importante.
O elenco? Frio como uma salada de bufê.
Não há como negar que as temporadas anteriores O Lótus Branco demitiu alguns atores (Jennifer Coolidge, Aubrey Plaza, Theo James) porque os personagens combinavam com os atores como um gim fino e uma boa tônica. Mas desta vez – uma completa ausência de química. Patrick Schwarzenegger, Carrie Coon, Aimee Lou Wood, Scott Glenn... cada um individualmente capaz, mas juntos como um grupo de teatro improvisado ainda em busca de um tom comum.
Embora houvesse momentos de autenticidade no final (especialmente o monólogo de Laurie, magistralmente interpretado por Carrie Coon), chegamos tarde demais. A essa altura, estávamos entorpecidos. Quando os atores finalmente se tornaram um pouco mais convincentes, nós, o público, já estávamos acostumados com sua atuação de madeira – não porque eles estavam melhorando, mas porque estávamos ficando mais cansados.
Luxo visual sem conteúdo
O que não poderia ser esquecido é que todos os episódios eram visualmente de tirar o fôlego. A Tailândia, com seu misticismo, vegetação, templos e mar azul-turquesa, simplesmente clamava por simbolismo. Mas tudo rapidamente se transformou em um cartão postal – lindo, mas vazio. Até mesmo elementos espirituais (monges, meditação, o simbolismo da árvore da morte) se tornaram apenas um pano de fundo para ocidentais ricos brincando com a ideia de iluminação - como se você pudesse comprar um renascimento espiritual na recepção do resort.
Sátira Desdentada
O Lótus Branco sempre foi uma série que nos divertiu com seu olhar cínico sobre os ricos e os corruptos. Desta vez, porém, é como se a série não ousasse mais morder a isca. A sátira tornou-se diluída, quase gentil. Personagens como Tim Ratliff e sua família excêntrica foram criados para causar humor e choque, mas não tiveram nenhum peso real. Até mesmo as mortes foram, de alguma forma, leves. Chelsea, uma das poucas personagens simpáticas, morre com um donut na mão. Simbolismo? Talvez. E o efeito? Não exatamente.
E a doutrina?
Mike White nos diz que a iluminação é uma ilusão, que a busca por significado no mundo da riqueza é infrutífera. OK. Mas já não sabíamos disso? E o mais importante: precisamos mesmo de oito episódios para descobrir isso com personagens que mal conseguimos suportar?
As únicas estrelas reais da temporada? Macacos.
Os personagens mais realistas, que transmitiam emoção, agiam de forma coesa e eram visualmente divertidos, eram os macacos. Se alguém retornar na quarta temporada, devem ser os macacos. E talvez Fabian, que nos deve uma música.