A Ricoh GR IV está aqui para provar que ainda existem câmeras feitas para pessoas, não para algoritmos. Se você é o tipo de pessoa que usa jeans japonês, ouve vinil e está pensando em se mudar para Lisboa, esta é a câmera para você. Forma antiga, alma nova e uma mensagem clara: “Não preciso de um visor, tenho uma visão.”
Ricoh GR IV é como o último samurai na era do TikTok. Ninguém mais pede uma câmera compacta sem visor, sem vídeo 4K, sem a possibilidade de enviar uma selfie como GIF. E é exatamente por isso Ricoh GR IV tão legal. Ele não quer ser gostado, ele quer ser bom.
Ricoh GR IV: O que você ganha? Mais do que você pensa. Menos do que você esperava.
- Sensor? 26 MP APS-C. Grande. Afiado. Sem filtro porque você não está no Snapchat.
- Lente? 28 mm f/2.8. Nova fórmula. Mais vidro, menos blefe.
- Estabilização? Cinco eixos. Sua caligrafia está trêmula, suas fotos não.
- ISO? Até 204.800. Sim, isso existe. Não, você não vai precisar.
- AF? Olhos, rostos, provavelmente seu ex.
- Memória? 53 GB. O suficiente para fazer você esquecer o cartão.
- Cartão? microSD. Porque a Ricoh diz que SD é para a geração baby boomer.
Um ícone que não sai das tendências
A Ricoh GR IV não é para todos. E isso é um elogio. Esta é uma câmera para quem sabe esperar o “momento certo”. Para quem sabe, "automático" não é a solução para todos os quadros. Para quem não precisa de uma prévia em HDR 8K a 120 fps.
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…GR IV ainda usa preto. E nunca se atrase. Pode não ter visor, mas enxerga mais do que a maioria. Esta não é uma câmera flexível. Esta é uma câmera de foco.
Conclusão? O GR IV não é um dispositivo. É um manifesto.
Numa época em que todos buscam personagens, a Ricoh constrói lendas. Se o GR IV parece estranho para você, você não é o cliente-alvo. Se isso te incomoda, bem-vindo ao culto. No outono de 2025, você finalmente terá um motivo para acordar às 6h e ir caçar neblina novamente. Com uma mão no bolso e a outra no GR IV.