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O vírus mais mortal: pânico na principal estação ferroviária de Hamburgo - suspeita de infecção pelo vírus mais mortal de Marburg

Vírus de Marburg nos europeus.

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Foto: elementos envato

Na quarta-feira, 2 de outubro de 2024, a principal estação ferroviária de Hamburgo foi palco de um incidente alarmante quando dois passageiros de um trem vindo de Frankfurt apresentaram sintomas de infecção pelo extremamente perigoso vírus de Marburg - que é o vírus mais mortal. O vírus, que está relacionado com o Ébola e causa febre intensa, vómitos e hemorragias, tem uma taxa de mortalidade extremamente elevada, que pode atingir os 88 por cento.

A história começou quando um estudante de medicina alemão de 26 anos, que havia retornado recentemente de Ruanda, junto com sua namorada, começou a apresentar sinais de uma doença grave que poderia indicar o vírus mais mortal - o Marburg. Ambos desenvolveram sintomas semelhantes aos da gripe durante a viagem de trem de Frankfurt, e um deles até vomitou, o que deu o alarme para eles e para os passageiros ao redor. O estudante, que já tinha estado em contacto com um paciente infectado pelo vírus de Marburg no Ruanda, suspeitou do pior e ligou para os serviços de emergência.

Os relatórios indicam que o estudante que causou o pânico na estação ferroviária de Hamburgo esteve em contacto com um paciente que mais tarde foi confirmado estar infectado com o vírus de Marburg durante a sua estadia no Ruanda. Foi este contacto que levantou suspeitas de que o estudante e a namorada pudessem estar infetados depois de terem começado a apresentar sintomas semelhantes aos da gripe durante uma viagem de comboio proveniente de Frankfurt.

Os bombeiros, equipados com fatos de protecção, reagiram imediatamente e, com a ajuda da polícia, evacuaram o comboio e fecharam duas vias férreas na estação principal de Hamburgo. As autoridades reagiram rapidamente, uma vez que o receio de um surto de um vírus tão perigoso era compreensivelmente elevado, especialmente tendo em conta as recentes notícias do surto no Ruanda, onde oito pessoas morreram e 26 casos foram confirmados até à data.

Vírus de Marburg: o que sabemos?

O vírus Marburg pertence à mesma família do vírus Ebola, os Filoviridae, e causa sintomas muito semelhantes. A doença começa repentinamente com febre alta, forte dor de cabeça e sensação geral de mal-estar. Dentro de alguns dias, porém, os sintomas pioram com diarreia abundante, dor abdominal, náuseas e vômitos. Nas formas graves da doença, também pode ocorrer sangramento em várias partes do corpo, o que muitas vezes é fatal, especialmente se a doença progredir para choque e sangramento grave. A taxa de letalidade em surtos deste vírus varia entre 24 % e 88 %, dependendo da rápida identificação e atendimento dos pacientes. Atualmente, não existe vacina ou medicamento oficial para tratar o vírus de Marburg, o que agrava ainda mais a situação.

Foto: Internet/x.com

Suspeita de infecção e medidas preventivas

Após o primeiro alarme, ambos os passageiros foram imediatamente transportados para o Hospital Universitário Eppendorf em Hamburgo, especializada no tratamento de doenças tropicais. A bagagem deles foi mantida em quarentena para evitar a possibilidade de novas infecções. Eles serão examinados no hospital e serão realizados exames adicionais para determinar se estão realmente infectados pelo vírus de Marburg ou se se trata apenas de um alarme falso.


Entretanto, as autoridades começaram a rastrear todos os passageiros que estiveram em contacto com os suspeitos no comboio. Cerca de 200 pessoas que viajavam na mesma linha ferroviária foram examinadas como parte das medidas preventivas e os dados foram recolhidos para posterior monitorização. Embora as autoridades inicialmente tenham fechado a área ao redor dos dois trilhos do trem, reabriram a estação depois de algumas horas, quando a situação se acalmou um pouco.

Surto de vírus em Ruanda e risco global

O actual surto do vírus de Marburg no Ruanda é um dos mais preocupantes dos últimos tempos, uma vez que a doença se espalha rapidamente, especialmente entre os profissionais de saúde que entram em contacto com pacientes infectados. O vírus é transmitido através do contato direto com fluidos corporais infectados, como sangue, saliva, suor e fezes, o que representa um risco significativo para quem cuida de pacientes sem equipamento de proteção adequado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que o risco de propagação do vírus é muito elevado no Ruanda e nos países vizinhos, uma vez que a maioria dos casos foi registada perto das fronteiras.

Apesar de a propagação do vírus ainda ser um risco baixo a nível global, o incidente em Hamburgo destaca o perigo da rápida propagação de doenças mortais através de ligações de viagens internacionais. As autoridades são, portanto, particularmente cuidadosas na verificação de todos os viajantes provenientes das áreas afectadas e monitorizam de perto o estado de saúde de qualquer pessoa que tenha estado em contacto com pessoas infectadas.

Sem pânico, apenas um alto nível de cautela

Embora a situação em Hamburgo tenha suscitado receios sobre a possível propagação do vírus mortal, os especialistas apelam ao público para manter a calma. Ainda não houve infecção confirmada e todas as medidas preventivas necessárias já foram implementadas. Como sempre acontece nestes casos, o rápido isolamento e o rastreio de contactos são fundamentais para limitar a propagação da doença.

Foto: elementos envato

Infelizmente, ainda não existe vacina ou cura para o vírus de Marburg, mas estão em curso pesquisas e ensaios clínicos que poderão levar a avanços no futuro. Entretanto, medidas eficazes, como o isolamento atempado dos infectados e equipamento de protecção adequado para o pessoal médico, são cruciais para prevenir a propagação.
Conclusão
O incidente na estação ferroviária de Hamburgo destacou a importância de uma resposta rápida a potenciais surtos de doenças infecciosas. Embora ainda não tenha sido confirmado se os dois passageiros estão realmente infectados com o vírus de Marburg, o incidente destaca a importância da cooperação internacional e da preparação para crises sanitárias. O vírus Marburg é perigoso e a sua propagação pode ser evitada tomando medidas adequadas. Esperemos que as rápidas medidas preventivas em Hamburgo sejam suficientes para controlar a situação e proteger a saúde pública.

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