Cientistas da Universidade de Harvard conduziram vários estudos sobre os efeitos do azeite na saúde, incluindo os riscos de demência e morte prematura. As suas descobertas mostram que o consumo regular de azeite traz muitos benefícios, mas a questão da utilização deste óleo para fritar alimentos é um pouco mais complicada.
O azeite é rico em gorduras monoinsaturadas, vitamina E e antioxidantes que contribuem para uma melhor saúde do coração e do cérebro. Um estudo publicado na JAMA Network Open descobriu que pessoas que consumiam pelo menos 7 gramas de azeite por dia tinham um risco 28% menor de morte por demência.
Outro estudo publicado em Jornal do Colégio Americano de Cardiologia, descobriram que o elevado consumo de azeite reduziu o risco de morte prematura por diversas causas, incluindo doenças cardiovasculares, cancro e doenças neurodegenerativas.
E usar azeite para fritar os alimentos?!
Apesar dos muitos benefícios do azeite para a saúde, usá-lo para fritar pode ser um tanto problemático. Um fator chave é o ponto de fumaça, que indica a temperatura na qual o óleo começa a soltar fumaça e se decompor, levando à formação de radicais livres nocivos. Para o azeite virgem extra, este ponto ronda os 190°C, o que é suficientemente alto para a maioria dos métodos de cozinha caseira (Harvard School of Public Health) (Harvard Gazette).
Dr. Katarina Bajec, médica de Belgrado, explica: “Embora o ponto de fumaça do azeite seja bastante elevado, a fritura geralmente não é recomendada, pois é uma forma de preparar os alimentos que pode levar à formação de compostos prejudiciais à saúde”. (Escola de Saúde Pública de Harvard).
Embora o azeite seja ótimo para a saúde e possa ser usado em diversos métodos de cozimento, fritar não é a melhor escolha. É preferível utilizá-lo como molho para saladas ou para cozinhar a temperaturas mais baixas, onde podemos aproveitar ao máximo as suas propriedades medicinais sem o risco de compostos nocivos.